“Eu morava longe e vinha pra cá tentar alguma coisa. Agora vivo mais é andando. Mas é difícil, já trabalhei de faxina, casa de família. Depois parei. Meu nome é Rosana. Tenho quatro filhos, quarenta anos, mas não moram comigo. Não querem nada. Não gosto de bebida porque deixa a pessoa mais neurótica. Aí não aguenta e vai pro hospital. Briga demais. Essas coisas vão doendo então eu vim pro Rio pegar latinha, pedir. O pai dos meus filhos não ajuda, é viciado, fiquei enquanto as crianças tavam pequenas e os filhos viam tudo. Mas ele não é ruim, mas morar não dava mais né? Tem horas que a palavra da pessoa se cansa.”